terça-feira, 27 de novembro de 2012

Falando de Arte


Colorista de marca maior Van Gogh consegue nos evocar sentimentos mais íntimos de pura contemplação.

Em "Vinhedo Vermelho" representado abaixo, o artista brinca sutilmente com a composição. Se, a primeira vista, um estranhamento lhe é causado por conta da linha do horizonte estar do lado de cima da composição, esse é abrandado pelo foco de atenção estar no centro do quadro.

A pregnância central é instigante se pensarmos que toda construção composicional deste trabalho de certo modo nos direciona ao centro do mesmo.

Partindo desta pregnância, ressalto elementos e posicionamentos que explicitam o que afirmei acima, estes são:

 A figura central da camponesa, representa a interseção do cruzamento de diagonais imaginárias, do lado esquerdo pro direito se "alinha" os trabalhadores, versos a  margem do rio, mais um trabalhador do outro canto inferior esquerdo.

A curva é acentuada nas mediações centrais.

O sol, por sua vez, é direcionado também ao centro da tela.

A falta de vegetação do canto inferior esquerdo ao centro conduz também o olhar do observador.

Reafirmando a todo tempo o motivo do quadro que é o retrato de ações cotidianas de moradores da área rural.

Van Gogh pincela a simplificação das formas. Torna o que parece ser simples, no mais complexo de ser admirado, por sua ousadia em colorir o rio, a vegetação e todo céu em amarelo, além azular as árvores. Quão gracioso é nos deparar com tanta singularidade!

Vincent Van Gogh, Vinhedo Vermelho, 1888. Óleo sobre tela, 75 x 93 cm.

Bjos Fabi

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